O seu dia de trabalho está distante do seu ideal? Como descreveria o seu dia de trabalho? “Mais uma moedinha, mais uma voltinha.”, “Nunca mais é Sábado!”, “Tem que ser…”?
Mas e se o seu trabalho em si valesse a pena? E se fosse significativo, o deixasse satisfeito, e se através dele, pudesse contribuir para algo maior?
E se parte da solução estiver nas suas mãos?
O que designamos habitualmente de descritivo funcional – Job Design, é habitualmente uma abordagem organizacional "de cima para baixo" em que o colaborador é maioritariamente passivo (Makul et al., 2013; Miller, 2015), estando mais orientada às tarefas e por vezes à “petrificação” de responsabilidades. Em contrapartida, o Job Crafting coloca a responsabilidade pela mudança nas mãos dos colaboradores. Estes são pró-ativos e a abordagem é, acima de tudo, sobre o reforço do seu bem-estar (Wrzesniewski & Dutton, 2001; Tims et al., 2013), sobre o ir para além das suas responsabilidades, redesenhando o sentido do próprio trabalho.
Uma não substitui, e muito menos elimina a outra. O convite ao conhecimento, a vasta oferta de tecnologia, informações e a automatização de diversos processos e tarefas do dia-a-dia de uma organização são apenas alguns dos fatores que conduziram a esta nova realidade e a este conceito (2001, Amy Wrzesniewski - Yale School of Management e Jane Dutton - Universidade de Michigan).
A ideia é tornar as atividades profissionais mais produtivas por meio do despertar de uma relação mais afetiva com as funções exercidas.
Ao redefinir proativamente o seu trabalho para melhor refletir as suas forças e interesses, o job crafting contribui para que colaboradores mais “tradicionais”, para os que julgam que o seu trabalho é pouco valorizado, inclusive pelos próprios, encontrem (mais) significado no seu trabalho. A premissa principal é que podemos manter-nos na mesma função, conseguir tirar mais significado e ficar mais satisfeitos ou mesmo felizes com o que fazemos, simplesmente alterando o que fazemos e o “porquê” por detrás dele.
Este comportamento proativo de mudança pelos colaboradores, muitas vezes quando sentem que há necessidade de “fazer diferente”, pode ser observado sobretudo a três níveis:
- Tarefas (task crafting): alteração de responsabilidades;
- Relacionamento (relationship crafting): alteração de interações;
- Cognição (cognitive crafting): alteração de mentalidades.
É isto mesmo que precisa para dar mais propósito ao seu dia de trabalho ou ao da sua equipa? Torne-se um "crafter”!
A B.PLY convida líderes e liderados a serem coautores das suas atividades e experiências no ambiente de trabalho, apoiando-os a redefinir, reimaginar e obter mais significado com o fazem no desempenho da sua função.
Como? Com abordagens individuais e/ou coletivas onde, por meio de pequenas mudanças criativas (tarefas, relacionamentos e cognição) adotadas na forma como são executadas e percebidas as tarefas diárias, se cria mais engagement, resiliência e satisfação com a organização e estabelecem condições para a melhoria contínua da função e do indivíduo.
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