Será que a energia irá ser mesmo verde?
Foi agora emitido pela AIE (Agência Internacional de Energia) o documento “Renewables 2022”, que reflete a principal análise do setor com base nas políticas atuais e na evolução do mercado.
Este documento apresenta previsões sobre a implementação de tecnologias de energia renovável nas áreas da eletricidade, transporte e calor até 2027; explora ainda os principais desafios do setor e identifica as barreiras para um crescimento mais rápido.
Neste novo relatório, a AIE assume que se mantém viva a possibilidade de limitar o aquecimento global a 1,5 °C, apontando a crise global de energia, que está a provocar uma forte aceleração nas instalações de energia renovável, com o crescimento total da capacidade mundial, apresentando quase uma duplicação nos próximos cinco anos e ultrapassando o carvão como a maior fonte de produção de eletricidade.
A capacidade instalada de energia solar fotovoltaica estará prestes a superar a do carvão até 2027, tornando-se a maior do mundo. Quanto à capacidade eólica global, esta quase que duplica, com projetos offshore a responder por cerca de um quinto do crescimento. Prevê-se que mais de 570 GW de nova capacidade eólica onshore se tornem operacionais no período de 2022-27.
Estes dados são animadores e representam não só um forte crescimento na produção de energia renovável, mas sobretudo a redução do impacto ambiental que irá provocar. A evolução da tecnologia permite, hoje, dispor de sistemas de produção de energia renovável cada vez mais eficientes, pelo que a aposta no investimento pelo consumidor final, mas sobretudo pelas empresas, revela-se como um fator competitivo determinante.
A preocupação sobre o custo de energia leva a que, hoje, mais do que nunca, a produção de energia verde deverá fazer parte da “lista de investimentos” a realizar pelas empresas, não sendo de excluir novas oportunidades de negócio que podem ser desenvolvidas dentro deste novo paradigma.
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